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Como as Condições Climáticas Afetam a Indústria Fotovoltaica

O Brasil experimentou temperaturas excepcionalmente altas ao longo deste inverno, que chegou ao fim no último sábado (23). Nas últimas semanas, em algumas regiões do país, os termômetros registraram impressionantes 40ºC. E qual o impacto disso na indústria fotovoltaica?


Continue lendo e entenda o que acontece no setor diante dessas condições climáticas.


O aumento excessivo do consumo de energia elétrica

Um dos efeitos mais notáveis do clima quente é o aumento do consumo de energia elétrica, devido ao uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e refrigeradores.


De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a demanda nacional de eletricidade em setembro deve crescer 5,8% (75.234 MWmed) em comparação ao mesmo período de 2022.


"O aumento das temperaturas médias, um fenômeno observado nas principais cidades brasileiras, é uma das razões que justificam esse comportamento", afirmou o ONS em um boletim divulgado para a imprensa.


O consumo por regiões

Na região Sudeste-Centro-Oeste, que abriga o maior consumo de eletricidade do país, prevê-se um aumento de 6,1% (42.756 MWmed) em setembro. Já no Sul e no Nordeste, são esperados aumentos de 3,8% (12.421 MWmed) e 4,2% (12.350 MWmed), respectivamente.


No Norte, a aceleração é ainda mais notável, com um aumento de 10,6% (7.707 MWmed), "um cenário também relacionado à retomada das atividades do consumidor livre da região".


Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS, afirma: "A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida. Em termos de operação e atendimento da demanda, seguimos preparados para atender a sociedade brasileira. O sistema é robusto, seguro e o cenário é favorável".


Os horários de pico de consumo

O pico de consumo ocorre durante a tarde, entre 14h e 15h, quando o calor é mais intenso e os sistemas de ar condicionado estão operando em sua capacidade máxima. Em dias extremamente quentes, a demanda pode ultrapassar os 90 GW médios.


Apesar do apagão ocorrido em 15 de agosto, o ONS assegura que o Sistema Interligado Nacional (SIN) está pronto para lidar com esse aumento de demanda, graças à disponibilidade de energia proveniente de fontes hidrelétricas e renováveis.


Como 52% da matriz energética do país é composta por hidrelétricas, o nível dos reservatórios representa o estoque de energia. Segundo o ONS, a Energia Armazenada (EAR) está acima de 70% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste (72,6%), Norte (73,7%) e Sul (85,2%). No Nordeste, a capacidade é de 62,2%.


"O período tipicamente seco está próximo do fim, o que torna esses resultados ainda mais relevantes", afirma o ONS. O período chuvoso se inicia em dezembro e se estende até abril.


O impacto na indústria fotovoltaica

O desconforto térmico e o consequente aumento do consumo de energia despertam o interesse dos consumidores por soluções que possam reduzir suas contas de energia, impulsionando as vendas no mercado de energia solar, especialmente nos setores residencial e comercial. No segundo trimestre de 2023, os consumos desses setores cresceram 6,6% e 4,2%, respectivamente, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).


Além disso, a maior radiação solar favorece o aumento da produção de eletricidade a partir da fonte fotovoltaica. No entanto, temperaturas excessivamente elevadas podem comprometer a eficiência dos módulos solares devido ao superaquecimento, o que pode afetar o desempenho.


Portanto, é fundamental que os integradores e clientes estejam cientes dessa relação entre temperatura e variáveis elétricas em sistemas de geração fotovoltaica. A tensão e a potência de um sistema solar são influenciadas pela temperatura, e é normal que em dias muito quentes, essas variáveis tendem a diminuir de acordo com coeficientes especificados nas informações técnicas dos módulos.


O engenheiro Geraldo Silveira, especialista em sistemas fotovoltaicos, explica: "É importante que os integradores compreendam a relação entre a temperatura e as variáveis elétricas de um sistema de geração fotovoltaica. A tensão e a potência de uma série de módulos solares são sensíveis à temperatura, e em dias muito quentes, é esperado que a tensão e a potência diminuam de acordo com os coeficientes listados nos dados técnicos dos módulos. Isso significa que pode haver uma redução na geração de energia em dias muito quentes, o que os clientes podem interpretar como uma diminuição no desempenho do sistema, mas na realidade, é uma resposta normal às altas temperaturas."


Por aqui, nós, da Unisol Aquecedores, contamos com décadas de experiência no setor de aquecedores solares, e estamos preparados para lidar com os efeitos do calor excessivo, prestando todo o suporte necessário a cada um de nossos clientes, com total conforto, economia e segurança.

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