Para combater a crise climática, o governo da Alemanha acaba de anunciar um plano com investimentos de até 54 bilhões de euros (R$ 250 bilhões) em energia, transporte, construção, inovação e desenvolvimento. O objetivo é alcançar até 2030 uma redução de 55% das emissões de CO2 (em relação a 1990), em linha com o que foi estipulado dentro da União Europeia (UE), já que a Alemanha não deverá conseguir uma redução de 40% até 2020.
Entre as medidas, está o estímulo da produção das energias renováveis, com apoio à fotovoltaica e incentivos para que os municípios instalem usinas de energia eólica.
“Não somos sustentáveis neste momento”, reconheceu a chanceler alemã, Angela Merkel, ao apresentar este pacote de 70 medidas de olho na Cúpula do Clima ocorrida no final de setembro. “Há evidências concretas do mundo científico sobre as mudanças climáticas, e quem pretende ignorá-las não atua com justiça para o futuro”, acrescentou.
A medida prioritária é o estabelecimento de uma taxa às emissões de CO2, que crescerá progressivamente até que seja possível colocar em andamento um mercado de direitos, no qual participarão as empresas que produzam ou distribuam combustíveis para o transporte ou a calefação.
A cobrança iniciará a partir de 2021, quando será necessário pagar 10 euros por tonelada de CO2, preço que subirá progressivamente até custar 35 euros a tonelada em 2025, quando entrar em funcionamento o mercado de direitos de emissões. Isso afetará o preço da gasolina, do diesel, do gasóleo para calefação e do gás natural.
Embora o trem na Alemanha passará a ser mais barato porque o imposto sobre o valor agregado (IVA) cairá de 19% para 7%, o preço das passagens de avião encarecerá, segundo o programa. Essas medidas e seus efeitos serão acompanhados anualmente por um comitê independente com o objetivo de redução das emissões até 2030.
Fonte: Portal Solar
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